sábado, 26 de abril de 2008

Liricando .


O engano do Humano

O humano é o engano do humano
E é o mano que engana o outro mano
O humano é o engano do engano
Tutano no osso, miolo no crânio
Berro no bolso, bala no cano
Carne no aço, sangue no pano
Planta o caroço humano no mano
Nada de osso, miolo no crânio
Nada no bolso, bala no cano
Nada no aço, sangue no pano
Planta o caroço humano o mano.


Composição: Arnaldo Antunes / Antônio Risério / Ortinho.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Sinceridade fora de moda.

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Ontem resolvi me preparar para dizer certas coisas sabendo que o conseqüente "fale o que quiser e ouça o que não quer" provavelmente me seria oferecido.

Como bom virginiano - não, eu não acredito em horóscopo - me preparei para o momento certo e planejei os atos devidamente para não soar egocêntrico e chato como não queria ser.

Pois bem, passa o fim de semana, as horas do feriado e quase no barulho do gongo eis que de supetão surge a brecha necessária para a tal da sinceridade fora de moda se apresentar.

Palavras sem jeito e em uma velocidade monstruosa foi o que consegui de melhor.

A reação passou longe do que esperava.Houve sinceridade também, mas longe do impacto que cheguei a temer.

O fim do dia me fez querer mais situações como aquela, ouvir mais do que falar, mas falar tudo sempre que possível, pois a sensação de colher coisas boas e ruins vindas do que se plantou é mais estimulante que o julgamento em silêncio.



Continua...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Provérbio Semanal.




"Disléxicos são tessoas pambém"



quinta-feira, 17 de abril de 2008

Canto da Poeusia Anônima

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Dou o primeiro ,
O segundo,
O terceiro passo...

Não passo disso.


www.naodaideia.blogspot.com

domingo, 13 de abril de 2008

Vídeos Buia !

Quem não gosta disso bom sujeito não é.







E sem exceções!

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Virtuosismo decadente.



Conte comigo quantos amigos virtuais você possui.
Valem apenas os nunca vistos antes,mas que contam com boa dose de sua simpatia.
Nessa contagem subtraímos os que se escondem em lugares mais remotos como outros estados ou países.
Para complicar um pouco mais essa equação contemos apenas os relevantes, aqueles com os quais você faz questão de puxar qualquer assunto e façam falta quando não aparecem em seus logins rotineiros.

Bem, fiz minhas contas e percebi que minguaram e muito.Quase singulares literalmente falando.

Ou já tive a possibilidade de me apresentar pessoalmente ou simplesmente sumiram com o desinteresse constante do tempo.

Pessoas cada vez mais buscam inflar seus egos em flertes virtuais , quase todos fazem questão de manter uma distância real.
Oká, seria hipocrisia afirmar que não integrava esse time tempos atrás, mas hoje realmente é algo que não me apetece mais.
Pessoas reais no mundo virtual é meu lema faz um bom tempo.

Não consigo não ver proximidade nas palavras tecladas e nos emoticons repetidos.

Ui.



Na Radiola -> Cramps -> Garbage man.

Viver de uma vez o choque de realidades não é lá muito prazeroso.
Independente da situação tudo é exponencialmente mais assustador quando não se está preparado para contrastes tão vibrantes.


Ê Brasilzão poliétnico, poliglota, poliférti e polarizado!


Estranho ver carnês amontoados lembrando da cor do carro que não agrada, da marca que saiu da moda e que não será mais comprada - e provavelmente nem mais usada -.

É de atravessar o samba quebrando o barraco!

Os ensinamentos pré adolescentes e a vivência JunkieAnárquica de tempos não tão remotos estavam com a razão.

As zonas autonômas temporárias que o digam...



http://pt.wikipedia.org/wiki/Temporary_Autonomous_Zone

segunda-feira, 7 de abril de 2008



Percepção:
do Lat. perceptione

acto ou efeito de perceber;
combinação dos sentidos no reconhecimento de um objecto;
recepção de um estímulo;
E quem é que hoje percebe os detalhes das coisas?!
Todo dia caí nas malhas finas dos tons de cinza.
E eu que não tenho lá muita capacidade de concentração ou força de vontade para distinguir certos comportamentos fico nessa da tal da vista grossa.

Mas o que fazer?

Será que uma musiquinha resolve?

Um cházinho de boldo pra azia constante...

Que nada!
Quer um conselho?
Entra no banheiro,fecha bem a porta, tampa o basculante e liga o gás.


Na Radiola -> Juca - Chico Holandês.


sábado, 5 de abril de 2008

Acordar com a sensação de fim do dia é o café da manhã mais indigesto que se pode provar.

Céu nublado, vento gelado e a preguiça que congela são sempre percebidos assim que o pé esquerdo sente o piso frio.

Toda essa turma de cima sem pestanejar convidam o mau humor, um ranço e uma mini deprê que te fazem desejar muito mais a cama e não sentir o tempo lá fora .

Acidez é o substantivo do dia.

E você já frustou um sonho hoje?

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Canto da Poeusia Anônima.



Subjetivo

Tempo passado
Um ponto a mais no infinito
Motivos para o belo
Razões para o feio.
Escândalos persistentes
Tudo muda, mas tudo é igual
Se subjetivo fosse falar da dor e da perda estaria aqui a descrever.
Mas tudo é igual.
Amor correspondido ou não.
Frio de hoje com o sol do amanhã.
O riso e o choro fácil
O elogio e o escárnio
Mãe, filho, pai.
Marido...
Tudo vira prazo, meta ou juízo.
Sua fórmula de ser feliz eu rasgo.
Mas não engasgo com a necessidade de sorrir
Durmo pouco, mas bem...
Eis o único subjetivismo que de fato me convém.



www.naodaideia.blogspot.com

Quem sou eu?


Me definir como alguém suburbano é contrariar a velha máxima que diz que ninguém deve ser simplesmente classificado.

O indie megalomaníaco, o rude mais fingido, a menina orgulhosa, o tesão & o amor...

Nada se dissolve em apenas uma palavra e ninguém se ajeita em poucas letras.

Mas se me fosse permitida apenas uma palavra para diminuir o que sou me aconchegaria no já malfadado verbete: Suburbano.

Pois não me lembro de nada em minha vida que fugisse desse padrão e hoje posso dizer que se trata de um modo de vida e que a partir de tal se torna optativo também.

E eu escolho por isso mesmo, sem receio de parecer tolo ou de soar estranho aos que nao tem a proximidade necessária com tudo isso.

Dispenso as roupas de marca, a ode ao cada um por si e Deu$ por todos nessa inevitável busca.

É como dizia o verso:

O que hoje já nao existe,
Flutuando entre os segregados e os afilhados da elite !


Desculpem o grito juvenil regado aos cd´s de antigamente.
E o momento estrelinha (Mano Brown? Axl Rose? Amaury Junior?)também.





Na radiola -> Mautner e a música abaixo.

Liricando.

Quero ser locomotiva.

Eu quero ser como a locomotiva

Para atropelar você
Fazendo tchuc, tchuc, tchuc, tchuc, tchuc, tchuc... tchiuí
Por todos os campos, em todos os cantos
Vendo as flores a nascer

Eu quero ser como um gato do mato
Que vive só miando
Fazendo miau, miau, miau, miau, miau...
Chorando acordado, chorando dormindo
Chorando cantando

Eu quero ser como um triste vampiro
Voando pela cidade
Fazendo vum, vum, vum, vum, vum, vum, vum, vum...
Com minha capa sombria, com a mente tão fria
Atrás da felicidade

Eu quero ser como a serpente da água
Que vive só na mágoa
Fazendo pisss, pisss, pisss, pisss, pisss, pisss, pisss...
Comendo a uva, bebendo a chuva
Que do céu deságua

Eu quero ser como um telefone de plástico
Pra ligar só pra você
Fazendo trrrim, trrrim, trrrim, trrrim, trrrim, trrrim...
Alô, alô, quem fala? É o meu grande amor?
Vou saindo pra te ver

Eu quero ser como uma tv colorida
Pra mostrar todas as cores
Fazendo miummm, miummm, miummm, miummm...
Num programa de beijos, de loucos desejos
E de loucos amores

Eu quero ser como um chiclé de bola
Pra estourar na sua boca
Fazendo ploft, ploft, ploft, ploft, ploft, ploft...
Vivendo contente, grudando no seu dente
Ai, que coisa mais louca

Eu quero ser como um carro de praça
Levando a multidão
Fazendo fón, fón, fón, fón, fón, fón... rrrrrrr... fón, fón...
Com o corpo cansado, com o breque quebrado
Na avenida São João

Eu quero ser como um riso de amor
Na boca de um anjo
Fazendo hã, hã, hã, hã, hã, hã, hã, hã, hã...
Em cimas das nuvens, ao lado de Deus
Tocando o meu banjo

Jorge Mautner.

Stalobaloba!


Tá bem, a frase dita na famosa música de bons tempos atrás não é tão rica e preciosa em sua grafia.

Um chato e presunçoso Mr. Lover lover é quem de fato figura na letra do cantor...

Mas por quase toda a infância a palavra repetida com todo empenho e empolgação em diversas situações era essa.

Irônica, simpática, blasé, quase indie...


Stalobaloba para todos.