terça-feira, 28 de julho de 2009

Liricando


Ato Falho

Composição: Rogério Skylab

Todo ato falho é o acaso.
Todo ato falho é o acaso.
A verdade é o fundo da bobagem.
Pra acertar no alvo quanto disparate

Esse é o sorriso do gato de Alice.
E essa é a peruca pop de Andy Warrol.
Quando tu mirastes eu me ria.
Quando tu pensavas eu dizia:

Todo ato falho é o acaso.
Todo ato falho é o acaso.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Mas agora é tarde por quê?



Quantas desculpas você já arranjou culpando o tempo por seus fracassos?


“Estou velho para isso”, “Sou muito novo para me preocupar”, “Não tive tempo para me dedicar”.



Apenas três alternativas, mas aposto uma tarde de sol que você já deve ter repetido alguma delas, ou todas elas se for um pobre acomodado.



O tempo que voa agitado pede para ser controlado por nós, é só isso que o acalma e a única maneira de entender que suas privações precisam de colaboração para pesar em qualquer destino em xeque por aí.



Ele não se faz inimigo, é sim simples paisagem das decisões tomadas, assim como o sol de um dia sufocante ou a chuva da esperada sexta-feira ele pode muito bem ofuscar chances que não são alteradas por ninguém que não por nós humanos burros.



Sempre preocupados com a decepção miramos o fracasso como destino viável e menos doloroso assim que nossa desistência é bem digerida pelos resquícios de orgulho em nosso organismo.



Parece difícil ou muito romanceado?



Pois bem, o que sei – e falo sempre por mim – é que muitas vezes desistir antes de se sentir derrotado ameniza as dores imediatas da própria derrota, é como apostar corrida com alguém que não parece ter habilidades para tal e fingir uma lesão no músculo adutor adjunto esquerdo (?!) antes de ser “vergonhosamente” ultrapassado.



Um pinguinho na cabeleira, uma gola suada e uma chance arriscada valem mais que qualquer integridade física ou psicológica previamente planejada.




A vida é metáfora e treino, se não se treina a metáfora não se vive por inteiro.

quarta-feira, 15 de julho de 2009


Eu nunca deixei de escrever, por mais hedonista que fosse a prática ou o costume do momento.


É que eu preciso das coisas guardadas para mim, ali no papel, registrado e com o carimbo da vontade de sempre relembrar.


As histórias dependem de como são contadas e isso implica na minha predileção em deixá-las sempre cruas, atento ao modo que gostaria de revivê-las,


No caderno escondido ou em megabytes sem pudor cá estou novamente...




Alguém ensina a lapidar palavras em verbos que me conjuguem ?