terça-feira, 18 de agosto de 2009

Puta petulância

Estava a assistir no aconchego de meu cafofo quadriculado a edição do debate comandado pelo Lobão na MTV, confesso que sempre que é possível dou uma conferida no que lá se passa.

o mundo pegando pesado com o tal do politicamente correto era a pauta sugerida, declaradamente pegando carona na polêmica causada por um recente comentário feito pelo humorista Danilo Gentilli em seu twitter .

http: www.twitter.com/DaniloGentili/status/2847583400

De um lado dois representantes de minorias – gays e negros - e um advogado falador que passava mal, do outros humoristas da blogsfera inconformados com a forma como o mundo e as pessoas encaram certas declarações ultimamente.

A turma da patrulha do “bom senso” alegava a inexistência de limite entre o preconceito e uma anedota nascida apenas para caçoar , inclusive do preconceito tupiniquim tão velado.

Neste debate não fico em cima do muro:

Sempre preferi a turma do escracho, sou totalmente a favor da ferramenta que o humor pode ser para, por exemplo, aproximar as pessoas e concluo que não exista melhor artifício em várias outras situações, mas o problema é que isso depende exclusivamente do quão as partes envolvidas na piada ou no “insight” se levem a sério.

Se levar muito a sério em coisas idiotas é bem mais idiota do que ser o “idiota” que conta as piadas na mesa.

Concordo que se não for bem dosada uma piada recorrente pode se tornar ofensiva, mas essa regra se aplica muito mais pela repetição da mesma do que pela teórica afronta a igualdade de direitos e/ou concordância com as fobias do nosso mundo cão.

Não tenho pretensão de desenvolver aqui tese elaborada sobre situações que me levam a crer que o mundo está muito viadinho ¹, com toda hipocrisia apontada para o humor negro ² que independente do alvo acaba agradando a grande maioria, independente da postura adotada em publico ou do nível de baixo estima³.


¹ : nada contra pessoas com tendências homoeróticas

² : nada contra afrodescendentes

³ : nada contra – "sadomasôs maníacos depressivos"


Quem nunca riu de uma piada de humor negro ou que fazia referência a uma característica individual de uma determinada raça, condição física ou sexual que se mate, pois com certeza se levará mais a sério do que sua existência permite e não terá o prazer de rir de si mesmo.