sábado, 24 de abril de 2010

Provérbio Semanal.

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Quem é vivo sempre aborrece.



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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Primeiro o Diabo...


Pensem o que quiserem, falem o que quiserem, classifiquem como quiserem...


Esse papinho de repetir as falas com amizades e amores antigos nunca foi realmente a minha.

Nunca fui de me entregar ou de entoar cantos de amor aos quatro cantos com a intenção de assim fortificá-los.


Não preciso disso.


Para alguém que samba com o compasso sempre descompassado a maldade da dança está na repetição, na reciclagem de um tipo raro de flor que já deve ter sido outra coisa e que agora se transforma em outra.

Essa reutilização toda de verbetes não basta para mim, hoje sei que um dia as máscaras caem, por mais formosos ou insistentes que sejam os atores, por mais que talvez eu também tenha buscado o teatro ( não aquele de R$500 mensais pago pelo papai, é claro...), mas sabe do que mais?

Porra, como eu me orgulho de não precisar disso para me sentir bem!

Não me traio em duas semanas para embalar meu ritmo no ritmo de alguém por dó de mim mesmo, não tenho o Q.i tão baixo ao ponto de desconsiderar intenções ou de precisar de um cão guia para me levar por ai sempre no papel de vítima dos “escrotos” que não pensam igual a mim.

Que peninha, que peninha, quanta peninha!

É um chororô típico de quem precisa de aprovação alheia para formar suas convicções. Lançar, liderar e ludibriar uma corja que siga exatamente a sua versão da ideia.

Seja no trabalho escolhido a dedo para pessoas que aceitam essa submissão ou na fraca vida de quem sempre terá um pontinho lá no fundo de curiosidade do que é viver de verdade; aquele que sabe e que gosta de bater, mas que quando apanha chama a doce e sempre querida babá...

E que também chama quem lhe considera como amigo como simples companhia infantil.

Lealdade realmente é algo que o dinheiro não ensina!

Quem nunca conheceu uma criança bonitinha que engana até a mãe com sua recorrente cara de “Eu?! Não fiz nada...”.
Talvez meu Joaquim seja assim um dia, mas não terá a complacência de um pai covarde. Quanto à mãe... espero que seja melhor nisso também.

Se eu chegasse ao ponto de querer, subvertia tudo isso aos meus pés com alguma poesia furada e metáforas de placas de caminhão. O problema é querer viver num mundo roxo por hematomas e não pelo cheiro de uma flor rara, porém pisoteada e cheia de merda pensando ser o poetão!

O fato é que tem perninha que sempre tremerá independente do absurdo que isso signifique para elas . Tal qual um coito aos fundos de um templo budista; absurdo, mas concretizável com um pouco mais de esforço.

Mas muita calma, charmosamente cambaleando lá vem o pequeno anjo...


Continuo a ferrar com o anjinho que me pede cada vez mais fundo para adentrar em seu coração, ou em qualquer outro "ão"...


quinta-feira, 15 de abril de 2010

Quem te rascunha?


Hey você ai que ainda fuça por aqui sem convite ou motivo aparente, escrevo aqui para alguém comum que talvez nunca entenda as meias palavras e o sambarilove característico de certos neologismos.

Pense comigo e em silêncio, ou cantarolando de cabeça para baixo, tente responder sem querer parecer muito culturet:


Para que admirar o swing nas palavras se quando a dança não serve o pisão no pé é providencial?

Por que se importar com as palavras quando os gestos sempre serão a melhor legenda?

Qual a graça de se travestir de poeta se a poesia só finge ( com G pô, com G! ) bater à sua porta quando finges ser outra pessoa?

Já reparou que uma colcha de retalhos alheios não forma nem bom texto muito menos um bom caráter?

Um filme indiano, iraniano ou francês só será bacana se você o entender e tirar algo dali ou apenas o status de CÚlt lhe interessa?

O mesmo servirá para as peças de teatro, músicas e anedotas em formas Hitchockianas, afinal, viver a arte é comprá-la em prestações ou vivê-la à vista se perdendo de vista?

Se toda arte pura tem um pé na marginalidade, o que a sua caminhada já lhe permitiu viver além da experimentação baseada no que o dinheiro pode lhe proporcionar?

Já preferiu a agressão de uma verdade à doçura de uma farsa bem montada?

Quem molda seus gostos? Os críticos, os antenados, os antenados nas críticas, a mídia dos antenados, os críticos da mídia antenada, os tweets ou algo que fuja desse blá blá blá?

Você se lembra de alguém lhe indicando sua cor preferida ?


Caso não tenha de fato entendido caçarola nenhuma do teor das interrogações jogadas por aqui e achado a loucura muito além da vista até agora, eu contente me despeço de você.

Sem peso, chororô, nem nheco nheco e balancê,

Apenas buscando uma certa leveza perdida nas dúvidas levantadas pelo exagero de rascunhos anoréxicos de razão ambulantes por ai.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Breve postagem


Sentei, parei ao ver a tela branca a me chamar e desanimei...

Quis falar sobre como as pessoas são facilmente substituíveis, sobre como os reencontros acontecem com tão ou mais freqüência que os novos.

Sobre como o tempo faz com que coisas bacanas se tornem nossos piores arrependimentos e sobre como olhamos com outros olhos atitudes apontadas como ruins no tempo em que foram cometidas.

Quem sabe assim entender como forjamos nosso destino e nossa felicidade engessados no comodismo que nos convêm.

Ter uma dica a mais, a partir das minhas palavras, sobre o mistério que faz com que as primeiras impressões realmente sejam sinceras em sua maioria.


Por que quando observamos sem sermos notados tudo fica mais natural, mais nú?


Nesse ponto me bateu aquela preguiça de quem sabe que reflexão alguma, por mais demorada que seja, vai fazer com que a futilidade e a vaidade sejam exterminadas dos serzinhos humanos que teimam em se acharem humanos.

Preferi ler qualquer baboseira mal escrita a ter que forçar a compreensão combalida e novamente tentar jogar poesia aos porcos.



Melhor que teorizar sempre foi botar pra viver,
sorrir por sorrir é tática de quem não sabe o que ser...
que o diga o Playmobil!

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Canto da Poeusia Anônima


saltos maiores

dias em que se quer uma menina
__________________ dias em que se quer uma mulher
fácil amante clandestina
________________ladra sagaz de sua fé



há noites que um só peito já basta
________________outras, em trio vão melhor...
amores sem classes, nem castas
________________beijos em roxo- hardcore


a fúria se opõe à tristeza;
________________delírios do erro da vez
banquete de ranço posto à mesa
________________tão morta quanto fadada Inês


às vezes se quer uma menina,
_______________às vezes se quer uma mulher
em horas nem o poeta imagina,
_______________no fundo, o que realmente
quer