
Não sou eu que me navego , quem me navega é o mar!
Como andam os barquinhos perdidos pr ai?!
Muitas aventuras ao som daquela bossa velha ou qualquer coisa que lhe transmita paz?
Xiiiii...
Quem muito se apega à uma bossa dessa é capaz de sofrer demais quando o mar lhe cobrar ou lhe mostrar toda força.
Pense bem comigo meu chapa; navegar em barquinhos talhados à perfeição com rotas certas a seguir e fiéis marinheiros contratados no seu cangote é cômodo, mas não é o melhor que o mar pode lhe oferecer nem afudê!
Quem gosta de navegar sabe que às vezes ele nos pede uma oferendinha, e que só percebemos o quanto ganhamos em retribuição ao notar que elas carregavam as gramas exatas que tornavam tão lento o flutuar do bote.
Pra falar em tom de conselho prefiro me camuflar de psicólogo e ganhar uma boa grana dos inseguros de plantão e não é nada disso! Só posso afirmar que se sempre enxergasse as coisas dessa maneira, minhas viagens por mares negros, mortos e pouco atraentes pelos quais já enfiei a proa do meu "StalobaBoto" seriam muito mais aventureiras e recompensadoras que as do clã Klink inteiro.
O desapego de coisas que perderam seu peso deve ser total marujos, nada disso de preservar o pudor de soar como um Pirata do Caribe, um Capitão Gancho ou qualquer outro que não seja assim lá muito Crusoé das ideias.
Por mais fundo que seja o mar navegado, aquilo que não serve a ele ou pertença somente a você um dia retorna, como uma mensagem engarrafada e solitária ou tal qual um corpo opaco arrependido de um mergulho mal pensado.
Mesmo que furrecamente, há de se concordar com o sábio portuga que diz que viver não é preciso, navegar é que sim.
Só não me venha com gps pra tornar cada légua mais segura que isso é coisa de quem acha que é dono daquilo que não pode entender, aquele que vai com a maré procurando não sofrer.
Para esses a vitrola velha nunca deixará de gritar:
- Olha, o mar não tem cabelos que a gente possa agarrar...
2 comentários:
Sempre falo que o desapego é para fracos mas realmente tem horas ( poucas ) que assumir a direção sem olhar para trás é uma atitude sensata.
Saber nadar é o suficiente!
Então vá às profundezas!
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