quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Estalinho, estalão!


Precisar de uma grande decepção ou da confirmação da inutilidade da quebra de um paradigma é muitas vezes combustível necessário para o surgimento de um caminho verdadeiro.

Sempre encarei momentos assim com a dedicação de alguém que sabe onde quer chegar e que propõe a si mesmo não se tornar caricatura fácil e efusiva somente pelo prêmio de uma falsa aceitação.

Muito complicado ou subjetivo?!

Pois bem, dou uma mastigada com classe:

Quantas vezes você foi contra algo que considerava certo em busca de crescimento, experiência ou boa ventura simplesmente pelo desejo de ser alguém melhor ou de dar a si mesmo a oportunidade de sentir-se enganado uma vez ?

Aquela comida com cara de pneu, o trabalho com ares de "empresalóidismo bajulatório" , a menina temperamental sem tempero, o neologismo preguiçoso...

Todos merecem a desgustação quando se quer arriscar e podem sim serem capazes de surpreender o mais cético dos ranzinzas; para o bem ou para o mal.

Mas...

A comida feia pode sim ser horrível, o trabalho babaca tem chances de ser altamente desprezível, a menina a quem se confia os riscos de um amor não necessariamente será digna de boas lembranças e, provavelmente, a preguiça dependerá de sorte para ser considerada brilhante.

Se sentir confortável ou empolgadinho demais com tais tentativas só torna o acaso mais constrangedor perante a possível futura broxada, contribuindo assim para uma tempestade de neuroses e traumas desnecessários em uma vida que exige cada vez mais dedicação aos raros minutos proveitosos.

O doce de tudo isso é saber que os calos podem ser aliados e fortalecer ainda mais convicções antes apontadas como caretas demais por quem não pensa como você.

Morda a gororoba ou a menina com o tesão que quiser, mas lembre-se sempre que o sal de fruta pentelho pode ser providencial...