domingo, 26 de dezembro de 2010

Felicidade em oferta


As mais belas pessoas que conheço são as que dançam, as que bailam a vida sem lamúrias, sabendo que ser feliz é sim questão opcional.


Quantas vezes você já sorriu para, depois de pouquíssimo tempo, ter a sensação de ter forçado simpatia consigo mesmo em troca do direito de dizer que é feliz?!


O problema não é a alegria descabida marujos!


A vida é muito boa e os sorrisos são sempre a cereja no bolo, tê-los como companhia é sempre recompensador, nem o mais turrão pode desdenhar dessa afirmação.


Mas sorrisos traduzem alegria, sentir-se feliz é algo mais sublime. A alegria é passageira, a felicidade é condutora.


Os mais alegres que conheço vez por outra se dizem infelizes, já os com mais motivos teóricos para sorrir costumam fazer questão de sustentar o tal bico de insatisfação.


Dinheiro, amor, profissão, time de futebol, trabalhos de faculdade...


Não há motivo único que condicione a felicidade de um ser tão complexo quanto o ser humano; nenhuma tabela periódica que descreva os elementos necessários para a fórmula da felicidade: ser humano vai além de fórmulas ou receitas e cada um de nós sabe como isso funciona na prática.


Desse modo até os sorrisos podem não dizer muita coisa ou ao menos não tudo.


O caso é que ainda há quem queira sempre mais e não largue a rapadura até quebrar toda a dentadura, e só ao se olhar no espelho percebe o quanto pôde ser feliz enquanto tinha tudo em mãos para agora só lamentar ter preferido o capricho de se demonstrar feliz aos olhos alheios.


Nessa hora os sorrisos viram a pechincha da felicidade e acabam por dar razão ao ditado que diz que em determinadas ofertas o barato pode sair bem caro...