sexta-feira, 16 de abril de 2010

Primeiro o Diabo...


Pensem o que quiserem, falem o que quiserem, classifiquem como quiserem...


Esse papinho de repetir as falas com amizades e amores antigos nunca foi realmente a minha.

Nunca fui de me entregar ou de entoar cantos de amor aos quatro cantos com a intenção de assim fortificá-los.


Não preciso disso.


Para alguém que samba com o compasso sempre descompassado a maldade da dança está na repetição, na reciclagem de um tipo raro de flor que já deve ter sido outra coisa e que agora se transforma em outra.

Essa reutilização toda de verbetes não basta para mim, hoje sei que um dia as máscaras caem, por mais formosos ou insistentes que sejam os atores, por mais que talvez eu também tenha buscado o teatro ( não aquele de R$500 mensais pago pelo papai, é claro...), mas sabe do que mais?

Porra, como eu me orgulho de não precisar disso para me sentir bem!

Não me traio em duas semanas para embalar meu ritmo no ritmo de alguém por dó de mim mesmo, não tenho o Q.i tão baixo ao ponto de desconsiderar intenções ou de precisar de um cão guia para me levar por ai sempre no papel de vítima dos “escrotos” que não pensam igual a mim.

Que peninha, que peninha, quanta peninha!

É um chororô típico de quem precisa de aprovação alheia para formar suas convicções. Lançar, liderar e ludibriar uma corja que siga exatamente a sua versão da ideia.

Seja no trabalho escolhido a dedo para pessoas que aceitam essa submissão ou na fraca vida de quem sempre terá um pontinho lá no fundo de curiosidade do que é viver de verdade; aquele que sabe e que gosta de bater, mas que quando apanha chama a doce e sempre querida babá...

E que também chama quem lhe considera como amigo como simples companhia infantil.

Lealdade realmente é algo que o dinheiro não ensina!

Quem nunca conheceu uma criança bonitinha que engana até a mãe com sua recorrente cara de “Eu?! Não fiz nada...”.
Talvez meu Joaquim seja assim um dia, mas não terá a complacência de um pai covarde. Quanto à mãe... espero que seja melhor nisso também.

Se eu chegasse ao ponto de querer, subvertia tudo isso aos meus pés com alguma poesia furada e metáforas de placas de caminhão. O problema é querer viver num mundo roxo por hematomas e não pelo cheiro de uma flor rara, porém pisoteada e cheia de merda pensando ser o poetão!

O fato é que tem perninha que sempre tremerá independente do absurdo que isso signifique para elas . Tal qual um coito aos fundos de um templo budista; absurdo, mas concretizável com um pouco mais de esforço.

Mas muita calma, charmosamente cambaleando lá vem o pequeno anjo...


Continuo a ferrar com o anjinho que me pede cada vez mais fundo para adentrar em seu coração, ou em qualquer outro "ão"...


Nenhum comentário: