quinta-feira, 15 de abril de 2010

Quem te rascunha?


Hey você ai que ainda fuça por aqui sem convite ou motivo aparente, escrevo aqui para alguém comum que talvez nunca entenda as meias palavras e o sambarilove característico de certos neologismos.

Pense comigo e em silêncio, ou cantarolando de cabeça para baixo, tente responder sem querer parecer muito culturet:


Para que admirar o swing nas palavras se quando a dança não serve o pisão no pé é providencial?

Por que se importar com as palavras quando os gestos sempre serão a melhor legenda?

Qual a graça de se travestir de poeta se a poesia só finge ( com G pô, com G! ) bater à sua porta quando finges ser outra pessoa?

Já reparou que uma colcha de retalhos alheios não forma nem bom texto muito menos um bom caráter?

Um filme indiano, iraniano ou francês só será bacana se você o entender e tirar algo dali ou apenas o status de CÚlt lhe interessa?

O mesmo servirá para as peças de teatro, músicas e anedotas em formas Hitchockianas, afinal, viver a arte é comprá-la em prestações ou vivê-la à vista se perdendo de vista?

Se toda arte pura tem um pé na marginalidade, o que a sua caminhada já lhe permitiu viver além da experimentação baseada no que o dinheiro pode lhe proporcionar?

Já preferiu a agressão de uma verdade à doçura de uma farsa bem montada?

Quem molda seus gostos? Os críticos, os antenados, os antenados nas críticas, a mídia dos antenados, os críticos da mídia antenada, os tweets ou algo que fuja desse blá blá blá?

Você se lembra de alguém lhe indicando sua cor preferida ?


Caso não tenha de fato entendido caçarola nenhuma do teor das interrogações jogadas por aqui e achado a loucura muito além da vista até agora, eu contente me despeço de você.

Sem peso, chororô, nem nheco nheco e balancê,

Apenas buscando uma certa leveza perdida nas dúvidas levantadas pelo exagero de rascunhos anoréxicos de razão ambulantes por ai.

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