quinta-feira, 15 de julho de 2010

Calma raiva minha, calminha...


Quem muito fala pouco faz, quem muito promete nada pretende e quem muito desconfia...



Por certo tempo insisti na poesia como única forma de sublimar o descontentamento anabolizado com quem não se percebe nesse mundo, algo mudou...


Incrível como hoje tudo se acalmou na raiva.

Se guiar por ela muitas vezes é opção mais atraente que se dedicar a entregar frases floridas a quem veio ao mundo para se esconder.


Dizem que o ódio é o amor que padeceu, mas ainda assim amor, e se esquecem de dizer que há males que vêm para o bem.


Sabe a tal história da máscara que cai em um momento conturbado?!


Pois é, talvez seja o apego que bata rápido em mim e que me cobre forte posteriormente, mas realmente não entendo a maior parte das pessoas.


Os amores, as aceitações, os objetivos, os gostos e o gosto em se propagar gostos são como aramaico para mim.


Falta raiva, falta sinceridade, falta o grito de quem sabe que não sabe viver linha nenhuma sem a interferência do mundo, esse sim doente e padecendo cada vez mais.


Experiências recentes me ensinaram que o tal do “sangue nos zóio” é essencial para se sentir real e que não necessariamente a companhia da agressividade falada é necessária.


Quem está na UTI não ouve.

3 comentários:

Rodrigo Plaça. disse...

Marcelo,

Depois de um longo tempo visitando seu blog, fui obrigado a deixar um registro aqui.
Gostei pra caramba do post, brother! Mais uma vez você deu um soco na cara da sociedade apontando, de forma clara, uma visão realista do nosso período atual.
A ignorãncia impera na era da informação, num momento onde sinto uma certa carência de pessoas "reais" neste universo de pessoas nada profundas, onde a sinceridade e a solidariedade são constantemente esmagadas pela competividade.

É isso aí, saudoso!

Um grande abraço,

Rodrigo Plaça.

Anônimo disse...

É, mas fumar maconha não deixa as pessoas mais "reais".

Marcelo Mariano Melo disse...

Dependendo de quem for o Mister M até que deve ajudar.