quarta-feira, 11 de junho de 2008

Parando, pensando, regando...




Pensando cá com meus doces botões disléxicos:

Um sorriso, um olhar concentrado em alguém que se transforma em careta para se esvair na timidez momentânea, um perdido aqui e outro acolá, fugir, encontrar, deixar livre, se permitir sonhar.

Tudo, tudo mesmo é definido pelas vontades que aceitamos e pelas que deixamos ali adormecidas esperando a melhor parte do sonho para quem sabe se tornarem reais...

O problema é tirar do lado mundano a poesia que já lhe falta. Pensar que tudo deve ser careta e que a poesia se faz em ficar ali parado olhando tudo acontecer.

Preferir pensar e deixar tudo a critério das vontades do mundo pode ser divertido, escrever sobre isso pode ser divertido, mas nada é mais divertido que dar chances a sua vontade, ser menos teórico por vezes e arriscar mais.

Verdadeiras sensações não se mostram tão rotineiramente ao ponto de serem desprezadas pelo cinza do dia ou pela pressa de se chegar em casa...


Como já dizia minha linda cuca:

“Para se ter as flores que se quer e que se vê,
é preciso regá-las, sejam reais ou de crochê "


Na Radiola: Móveis Coloniais de Acaju - Menina Moça.

5 comentários:

Marcelo Mariano Melo disse...

"em jardins ou em alguém..."

Mel Teófilo disse...

"e um vaga-lume
lanterneiro que riscou
um psiu de luz"
Guimarães Rosa

Aline disse...

"O problema é tirar do lado mundano a poesia que já lhe falta"

Lembrei de uma conversa nossa, há um bom tempinho atrás. saudade .

Elsa Villon disse...

Gostei da sua frase, é muito bonita...

Na verdade, todo o texto lírico não-linear é...

E flores me lembram a Rosa de Luxemburgo que me lembram muitas conversas... regadas ou não.

Sol Vianna disse...

Bonitos pensamentos.. Nesse mundo futil é legal se esconder e, encontrar inspiração nas palavras de alguém...